Artigo
Portugal, Balanço Social 2021 - Um retrato do país e da pandemia
A pandemia e o mercado de trabalho: o que sabemos um ano depois
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1A taxa de pobreza após transferências sociais foi de 16,2% em 2019; dados provisórios do INE indicam que aumentou para 18,4% em 2020.
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2A taxa de privação material em 2020 foi de 13,5% (1,6 pontos percentuais mais baixa que em 2019).
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3Em 2019, o Norte do país tornou-se a região do continente com a maior taxa de risco de pobreza (18,1%) e a maior taxa de privação material (6,7%).
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4O encerramento de escolas levou a uma perda de competências em comparação com 2019 e 2018. Os resultados são mais severos entre os alunos de meios socioeconómicos mais desfavorecidos.
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5As mulheres com filhos trabalharam, em média, menos 1,2 horas por semana entre o primeiro trimestre de 2019 e o primeiro trimestre de 2021.
Depois de um relativo agravamento nos anos da crise das dívidas soberanas (2011 e 2014), a generalidade dos indicadores conheceu uma melhoria. Entretanto, em 2018, Portugal ainda estava acima da média da União Europeia (UE) no que diz respeito à taxa de risco de pobreza ou exclusão social, taxa de risco de pobreza e taxa de privação material. Só em 2019 Portugal teve um desempenho melhor que a média da UE para estes indicadores. É de salientar a taxa de risco de pobreza que, em 2019, ficou abaixo da média da UE em 0,9 pontos percentuais (16,2% vs. 17,1%). A indisponibilidade de dados não permite analisar se esta melhoria relativa se manteve em 2020, apesar do aumento da taxa de pobreza para 18,4%. Outro ingrediente da taxa de risco de pobreza ou exclusão social é a percentagem de agregados familiares com baixa intensidade de trabalho, que atingiu 5,2% em 2020, contra os 5,1% de 2019.