Artigo
As mães são penalizadas no que diz respeito às promoções no emprego?
Os custos ocultos da flexibilidade de trabalho
-
1Ao contrário do que se poderia pensar, as trabalhadoras com filhos têm pontuações mais elevadas para a promoção profissional do que os homens sem filhos, quando ambos têm as mesmas qualificações para serem promovidos no emprego. A explicação é que existe a perceção de que as mulheres são mais competentes no trabalho.
-
2Os candidatos (masculinos ou femininos) que teletrabalham dois dias por semana têm uma classificação inferior para a promoção no emprego do que aqueles que trabalham de forma presencial no escritório todos os dias da semana.
-
3Os trabalhadores que têm a sua jornada de trabalho reduzida em uma hora por dia estão numa posição pior para serem promovidos do que aqueles que trabalham uma jornada de trabalho semanal de 40 horas ou trabalham uma hora extra por dia (45 horas semanais).
-
4A presente investigação pretende analisar as promoções para cargos intermediários com responsabilidades de supervisão, e não para cargos de gestão, em médias e grandes empresas espanholas.
-
5Foi aplicada uma metodologia experimental que evita os enviesamentos da desejabilidade social.

Estando os candidatos em pé de igualdade de condições, nas avaliações para uma promoção no emprego é mais penalizado ter uma redução da jornada de trabalho do que ser mulher ou ter filhos. Por outras palavras, o facto de ser mulher ou ter filhos não penaliza ou reduz as probabilidades de promoção no emprego por si mesmo. Contudo, existe uma penalização indireta: uma das razões pelas quais as mães são menos promovidas é porque optam mais pela flexibilidade nos horários e condições de trabalho.